quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Morre o Ex-Governador Almir Gabriel



Na foto,  relembramos um momento importante da história paraense,  Almir Gabriel entre  Ana Julia e Dilma ao centro com Paulo Rocha, Lula e Anivaldo Vale.

A Bancada do PT, na Alepa demostrou um profundo pesar morte do ex-governador do estado Dr. Almir Gabriel. Mesmo defendendo projetos políticos diferentes, os parlamentares  lembraram  que Almir foi uma grande liderança e lutou ao lado de muitos dos seus companheiros na luta pela redemocratização do Brasil nos tempos sombrios da ditadura.

“Perdemos além de um político um homem preocupado em trabalhar em prol do povo. Que as máculas do passado não apaguem a admiração por uma vida dedicada à política paraense”, destacou Zé Maria, em consolo à bancada do PSDB, partido no qual Almir construiu a carreira. O político estava internado desde o início de fevereiro  em um hospital particular de Belém. Há alguns anos, Almir lutava contra um edema e um enfisema pulmonar”, Afirmou Deputado Zé Maria

O Deputado Faleiro recordou que nas eleições de 1990, quando o PT se aliou a Almir Gabriel, então candidato ao governo que sairia derrotado naquele ano, algumas facções do partido não concordavam com a aliança. Foi quando o ex-presidente Lula fez um pronunciamento para seus correligionários paraenses. "Ele disse: ‘Eu conheço o Dr. Almir Gabriel e digo que a marca dele é de um político íntegro’. Se você perguntar hoje ao presidente Lula, ele dirá que Almir é uma pessoa que se foi, mas tem uma história íntegra como político e como cidadão", afirmou o petista.

“Hoje o Pará se despede de Almir Gabriel. Daqui renovo meus sentimentos a família e a legião de admiradores. Vá em paz e obrigado p/ tudo.” , escreveu o  Deputado Carlos Bordalo em seu Twitter,  a Ex- Govenadora Ana Julia em sua pagina no Facebook escreveu:  “Meus sentimentos à família do Dr. Almir Gabriel. Que Deus conforte os corações de seus familiares! Paz e Fé!”.

  O velório foi realizado no Palácio Lauro Sodré, no bairro da Cidade Velha em Belém, seu   enterro aconteceu no cemitério São Francisco em Castanhal, cidade natal do ex-governador onde muitos populares  e autoridades Municipais como o Prefeito Paulo Titan, o Vice Milton Campos e vários secretários prestaram suas ultima Homenagens.

Formado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com especialização em Cardiologia, Almir Gabriel foi governador do Estado por dois mandados consecutivos, entre os anos de 1995 e 2002 e em 2006, concorreu novamente ao governo do Estado, sendo derrotado por Ana Júlia Carepa (PT).
Nos anos da ditadura Militar ajudou na fuga de prisioneiros do então Regime Militar, que estava  internados na Santa Casa em Belém, dentre eles o Senador  João Capibaribe. mais fatos como o “Massacre de Carajás” e ausência de Politicas sociais, também marcara seus governos.

Almir Gabriel foi um dos fundadores, ao lado do ex-Governador de São Paulo Mario Covas e outros políticos, do Partido Social Democracia Brasileira (PSDB), do qual se desfilhou em 2009, foi prefeito de Belém entre os anos de 1983 e 1986, senador, diretor do Hospital Barros Barreto, e da Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde. Em 1989 chegou a concorrer à vice-presidência da República, na chapa de Mário Covas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Bento XVI anuncia sua renúncia como Papa.



O mundo e principalmente o Povo Católico, foram tomados de surpresa com o anuncio da renuncia do Papa Bento XVI, O líder da igreja católica alega não ter mais forças e idade avança para exercer suas funções frente o ministério petrino. O porta voz do vaticano Padre Lombardi afirma que Bento XVI não esta doente e destaca a coragem e o zelo com a Igreja, explicou ainda que a  viagem a Cuba e ao México, realizada no ano passado, contribuirão na decisão de Bento XVI. O Papa deixará as suas funções às 20h do dia 28 de fevereiro.
 A renúncia de um Papa está prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2, que estabelece que para ser válida é necessário que seja de livre e espontânea vontade e que não precisa ser aceita por ninguém, uma vez tendo renunciado, o papa não pode mais voltar atrás.
A noticia da renúncia foi destaque nas TVs de todo o mundo e na internet, o New York Times e a BBC de Londres destacaram os problemas de saúde do papa. "escândalos, intrigas e fraqueza", Foi o que destacou da  revista alemã Der Spiegel  e  afirmou que a renúncia seria motivada por  política interna do Vaticano.
"Não dá para dizer que ele estava isolado. A surpresa foi grande, pois ninguém está acostumado com a ideia da renúncia de um Papa. A decisão do Papa Bento XVI merece toda nossa compreensão, respeito e admiração pela sua humildade e coragem e pelo ensinamento de fé que nos deixa no serviço a Jesus Cristo e à Igreja".  Cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer
"Caros irmãos e irmãs,

Como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade, para o bem da Igreja, depois de ter rezado longamente e de ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem consciente da gravidade desse ato, mas também consciente de já não estar em condições de prosseguir o ministério petrino com aquela força que ele exige. Sustenta-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, O qual nunca fará faltar a sua guia e o seu cuidado. “Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. (aplausos). Obrigado, senti quase fisicamente nestes dias nada fáceis para mim, a força da oração que o amor da Igreja, a vossa oração, me traz. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor o guiará".
- Bento XVI.


Foto: Facebook canção nova.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PT Castanhal e as eleiç~es 2012

As pessoas estão insistentemente me perguntando se o PT vem com candidatura própria ou vai apoiar candidato de outro partido para prefeito de Castanhal, o que eu posso dizer e que a minha prioridade e eleger o maior numero de Companheiro para o Parlamento municipal e reiniciarmos o nosso projeto político para Castanhal. Foi assim quando construímos o nosso projeto vitorioso com o companheiro LULA, fomos para o Parlamento e depois chegamos a Presidência da Republica. Este projeto foi interrompido quando o Vereador que tinha sido eleito com os votos do PT deixou nosso partido, e na eleição seguinte resolvemos não obedecer nossa consciência e ver adiado mais uma vez nosso sonho. Agora não podemos mais adiar, temos que usar todos os nossos esforços para levar adiante este projeto, não podemos mais pagar este alto preço de não colocar em pratica o modo Petista de governar, Castanhal também merece conhecer a ações e pratica que já vivem muitos Municípios Brasileiros.
PT nacional completa neste próximo dia 10/02, 32 anos de luta e PT Castanhal em setembro 21 anos.
Nos da Unidade na Luta de Castanhal entendemos que votamos na Reunião do Diretório por apoiar candidatura Majoritária de outro Partido do arco de aliança nacional ficando para o próximo dia 03/03, a discussão sobre a tática eleitoral. Deste o ano passando estamos conversando com os partidos do arco de aliança, e muitos nomes foram lembrados nestas conversar para encabeçar esta possível chapa, nomes de todos os partidos envolvidos neste debates inclusive do nosso próprio partido, como o do Companheiro Nazareno Santiago e outros. Agora o grupo cresceu e tomou forma e pode crescer ainda mais, um nome se sobressaiu como seria natural.
Dentro deste grupo temos um objetivo de ver Castanhal crescer cada vez mais, como um todo e para todos, não negamos os avanço que nossa cidade obteve, muitos destes avanços com a colaboração do Governo LULA/DILMA, da companheira Governadora Ana Julia e de nossos Parlamentares com o ex Deputado federal Paulo Rocha, mais também não podemos deixar de ver que a Saúde não acompanhou estes avanços. Avaliamos que o melhor para dar continuidade e acelerar o nosso desenvolvimento esta neste grupo, e que começa agora a tomar forma de propostas, na qual o PT estará no encontro do dia 03 elaborado a sua contribuição.
Temos as nossas diferenças, mais o que nos uni e maior. “O amor que temos por nossa cidade”.

Originalmente Postado no Facebook.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Para o Pedro Bial.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa
Bárbara-BA,residente em Salvador.

Postado originalmente no Correio Nagô Por Carmen Sampaio

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Dennis: Negro, enfermeiro, vencedor!

Negro, Enfermeiro, Vencedor!

por Luana Diana dos Santos

A semana que passou foi de muita festa por aqui. Dennis, meu irmão mais velho, concluiu a graduação. Se antes tínhamos um técnico de enfermagem na família, agora temos um Enfermeiro. Para minha mãe, Dennis é um Doutor.

Assumo a minha tietagem. Dennis é apaixonado pela profissão que escolheu. Com entusiasmo, fala dos pacientes que pode auxiliar, principalmente dos idosos. Com indignação, expõe a precariedade do serviço de saúde no município em que trabalha. Com pesar, conta as histórias das mulheres agredidas por seus companheiros, dos viciados em crack, dos alcoólatras e dos jovens vítimas de armas de fogo. Nesses casos, a conversa nunca chega ao fim. Sempre o interrompo. Meu espírito não suporta tantas mazelas.

Foram quatro anos e meio para terminar a faculdade de Enfermagem. Dennis estudou a vida inteira em escola pública. Logo que concluiu o ensino médio, optou pelo curso técnico. Por vocação e pela certeza que a remuneração permitiria pagar as mensalidades em uma Universidade particular. A vida acadêmica foi dividida entre os plantões durante a noite, as aulas à tarde e os trabalhos aos finais de semana. Uma verdadeira luta!

Dentre os 50 formandos, Dennis era o único negro. E ainda há quem jure que vivemos numa democracia racial. Como? No Brasil, o número de estudantes negros matriculados no ensino superior não ultrapassa a casa dos 4%. Quando falamos dos cursos ligados à área da saúde, como Medicina, Odontologia e Enfermagem os dados são ainda mais perversos. Os afro-brasileiros correspondem a 0,8 e 1% do corpo discente. Se por um lado a maioria das vagas nas Universidades são ocupadas por brancos, filhos da classe média e oriundos de escolas particulares, no lado oposto está a juventude negra: grande parte é proveniente de famílias pobres, ingressam em cursos considerados “de menor prestígio social”, em horário noturno, e assim como o Dennis, em instituições privadas.

Durante a colação de grau, Dennis chorava copiosamente. Parecia uma criança. O lenço não foi suficiente para conter as lágrimas. Restou esquecer as regras de etiqueta e usar as mãos para secar o rosto. Enquanto isso eu questionava o porquê daquele choro que parecia não ter fim. Será que ele se lembrou dos que disseram que a faculdade não é para preto? Talvez tenha se recordado da professora que, “sem intenção de ofender”, afirmou ter dificuldades de enxergá-lo após uma queda de luz. Pode ser que tenha vindo em mente o amigo que, ao vê-lo vestido de branco, perguntou em tom de deboche se ele era pai de santo. Não. Acho que ele pensou na paciente que não aceitou ser atendida por um negro.

Minhas tentativas de descobrir o motivo de tantas lágrimas foram em vão. Acredito que nunca saberei. “Só quem sente, sabe”. Contudo, essas suposições evidenciam o caráter ardiloso e dissimulado do racismo brasileiro. Ao ascender socialmente, o negro não está imune à discriminação racial. Dessa forma, fica claro que associar o preconceito como resultado das diferenças entre classes sociais não passa de mera falácia. No imaginário popular, homens e mulheres negras tem um lugar pré-estabelecido na sociedade, e quando deixam de ocupar papéis subalternos, são vistos com desconfiança ou como sujeitos “fora do lugar”. Exemplos não faltam. Para ficar somente na esfera pública, relembro o assassinato do jovem boxeador Tairone Silva, morto por um policial militar em Porto Alegre no mês de março. Em Salvador, o vice-prefeito Edvaldo Brito já foi parado quatro vezes em blitz desde que assumiu o cargo. Policiais soteropolitanos precisavam saber o que um negro fazia num carro oficial.

Mas nem tudo está perdido. Desde a segunda metade dos anos 90, com a participação ativa do movimento negro, presenciamos um crescente debate em torno da necessidade de ações afirmativas que propiciem a inclusão e a permanência de afro-descendentes em Universidades, principalmente nas públicas. A aprovação do sistema de cotas em algumas instituições, a implementação da Lei 10.639/03, a criação de órgãos como a SEPPIR e o aumento expressivo de Núcleos de Estudos sobre a população negra nos campos das Ciências Humanas e Sociais fazem parte desse momento histórico. Embora não tenha agradado a todos, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial em 2010 também deve ser vista como um sinal de novos tempos.

Na formatura, Dennis era exceção. Como o Ariano Suassuna, sou uma “realista esperançosa”, e por isso creio que um dia finalmente alcançaremos a democratização do acesso ao ensino superior. Caminhamos lentamente para que isso aconteça, bem sei. Importa é que os passos sejam firmes, cheios de esperança e coragem. Dennis é um vencedor, assim como tantos jovens que entenderam que poderiam alçar voos mais altos e romper com processo de invisibilidade e marginalização a que foi impelida a população negra desde que pisou em solo brasileiro. É chegada a hora de enxugar as lágrimas e exigir o que nos é de direito: a igualdade de participação e de escolha.

Parabéns, Dennico!

*Luana Diana dos Santos é Historiadora e Professora da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais.

luanatolentino@yahoo.com.br

Fonte: http://www.viomundo.com.br