quinta-feira, 1 de setembro de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
a Voz da jUventude !: Vamos escrever?Estou selecionando pessoas que quei...
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Dennis: Negro, enfermeiro, vencedor!
Negro, Enfermeiro, Vencedor!
por Luana Diana dos Santos
A semana que passou foi de muita festa por aqui. Dennis, meu irmão mais velho, concluiu a graduação. Se antes tínhamos um técnico de enfermagem na família, agora temos um Enfermeiro. Para minha mãe, Dennis é um Doutor.
Assumo a minha tietagem. Dennis é apaixonado pela profissão que escolheu. Com entusiasmo, fala dos pacientes que pode auxiliar, principalmente dos idosos. Com indignação, expõe a precariedade do serviço de saúde no município em que trabalha. Com pesar, conta as histórias das mulheres agredidas por seus companheiros, dos viciados em crack, dos alcoólatras e dos jovens vítimas de armas de fogo. Nesses casos, a conversa nunca chega ao fim. Sempre o interrompo. Meu espírito não suporta tantas mazelas.
Foram quatro anos e meio para terminar a faculdade de Enfermagem. Dennis estudou a vida inteira em escola pública. Logo que concluiu o ensino médio, optou pelo curso técnico. Por vocação e pela certeza que a remuneração permitiria pagar as mensalidades em uma Universidade particular. A vida acadêmica foi dividida entre os plantões durante a noite, as aulas à tarde e os trabalhos aos finais de semana. Uma verdadeira luta!
Dentre os 50 formandos, Dennis era o único negro. E ainda há quem jure que vivemos numa democracia racial. Como? No Brasil, o número de estudantes negros matriculados no ensino superior não ultrapassa a casa dos 4%. Quando falamos dos cursos ligados à área da saúde, como Medicina, Odontologia e Enfermagem os dados são ainda mais perversos. Os afro-brasileiros correspondem a 0,8 e 1% do corpo discente. Se por um lado a maioria das vagas nas Universidades são ocupadas por brancos, filhos da classe média e oriundos de escolas particulares, no lado oposto está a juventude negra: grande parte é proveniente de famílias pobres, ingressam em cursos considerados “de menor prestígio social”, em horário noturno, e assim como o Dennis, em instituições privadas.
Durante a colação de grau, Dennis chorava copiosamente. Parecia uma criança. O lenço não foi suficiente para conter as lágrimas. Restou esquecer as regras de etiqueta e usar as mãos para secar o rosto. Enquanto isso eu questionava o porquê daquele choro que parecia não ter fim. Será que ele se lembrou dos que disseram que a faculdade não é para preto? Talvez tenha se recordado da professora que, “sem intenção de ofender”, afirmou ter dificuldades de enxergá-lo após uma queda de luz. Pode ser que tenha vindo em mente o amigo que, ao vê-lo vestido de branco, perguntou em tom de deboche se ele era pai de santo. Não. Acho que ele pensou na paciente que não aceitou ser atendida por um negro.
Minhas tentativas de descobrir o motivo de tantas lágrimas foram em vão. Acredito que nunca saberei. “Só quem sente, sabe”. Contudo, essas suposições evidenciam o caráter ardiloso e dissimulado do racismo brasileiro. Ao ascender socialmente, o negro não está imune à discriminação racial. Dessa forma, fica claro que associar o preconceito como resultado das diferenças entre classes sociais não passa de mera falácia. No imaginário popular, homens e mulheres negras tem um lugar pré-estabelecido na sociedade, e quando deixam de ocupar papéis subalternos, são vistos com desconfiança ou como sujeitos “fora do lugar”. Exemplos não faltam. Para ficar somente na esfera pública, relembro o assassinato do jovem boxeador Tairone Silva, morto por um policial militar em Porto Alegre no mês de março. Em Salvador, o vice-prefeito Edvaldo Brito já foi parado quatro vezes em blitz desde que assumiu o cargo. Policiais soteropolitanos precisavam saber o que um negro fazia num carro oficial.
Mas nem tudo está perdido. Desde a segunda metade dos anos 90, com a participação ativa do movimento negro, presenciamos um crescente debate em torno da necessidade de ações afirmativas que propiciem a inclusão e a permanência de afro-descendentes em Universidades, principalmente nas públicas. A aprovação do sistema de cotas em algumas instituições, a implementação da Lei 10.639/03, a criação de órgãos como a SEPPIR e o aumento expressivo de Núcleos de Estudos sobre a população negra nos campos das Ciências Humanas e Sociais fazem parte desse momento histórico. Embora não tenha agradado a todos, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial em 2010 também deve ser vista como um sinal de novos tempos.
Na formatura, Dennis era exceção. Como o Ariano Suassuna, sou uma “realista esperançosa”, e por isso creio que um dia finalmente alcançaremos a democratização do acesso ao ensino superior. Caminhamos lentamente para que isso aconteça, bem sei. Importa é que os passos sejam firmes, cheios de esperança e coragem. Dennis é um vencedor, assim como tantos jovens que entenderam que poderiam alçar voos mais altos e romper com processo de invisibilidade e marginalização a que foi impelida a população negra desde que pisou em solo brasileiro. É chegada a hora de enxugar as lágrimas e exigir o que nos é de direito: a igualdade de participação e de escolha.
Parabéns, Dennico!
*Luana Diana dos Santos é Historiadora e Professora da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais.
luanatolentino@yahoo.com.br
Fonte: http://www.viomundo.com.brquinta-feira, 21 de julho de 2011
Movimento em Defesa do Pará: Congresso dará a palavra final sobre plebiscito no...
Movimento em Defesa do Pará: Divisão do Pará: solução ou novos problemas?
quinta-feira, 30 de junho de 2011
AS FALAS DA PÓLIS: NOTA DO PT – RESPOSTA AO PSDB
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Misturei Activia com.......
pipocaram piadinhas sobre “Misturei Activia com…”.
Misturei Activia com a Telesena e to cagando de hora em hora...
Misturei Activia com Cheetos e foi impossível cagar um só.
Misturei Activia com a Oi e virei um cagador...
Misturei Activia com Ricky Martin e CaGAY
Misturei Activia com Skol e caguei redondo...
Misturei Activia com Activia e não consegui chegar ao banheiro!!!
Misturei Activia com Red Bull.... to cagando e voando...
Misturei Activia com a Tim e caguei sem fronteiras...
Misturei Activia com Omo e descobri que se sujar faz bem.
Misturei Activia com Doril e meu coco sumiu.
Misturei Activia com o Prof. Pasquale e não caguei. Defequei.
Misturei Activia com Vanessa da Mata e agora meu coco é só isso, nãotem mais jeito; acabou, boa sorte.
Misturei Activia com Luan Santana e agora estou cagando meteoros.
Misturei Activia com Mastercard e descobri que cagar não tem preço.
Pessoas negras, ou de cor, são sem “nenhuma razão” paradas pela polícia, principalmente os homens, para o famoso “baculejo”, e às vezes apanham por nada! Além de serem humilhadas sob revólveres, cassetes, escopetas e porradas, para os outros, a pessoa abordada passa a ser suspeita! Essa “nenhuma razão”, não será sua cor, suas roupas, seus cabelos...?
Por que pessoas negras, ou de cor, são as principais escolhidas por seguranças de lojas para serem vigiadas, tratadas como suspeitas nos Shopping Centeres, terminais de ônibus, e outros estabelecimentos? Algumas são, inclusive, revistadas sob o pretexto de “rotina”!
Quantas pessoas você já notou que seguram a bolsa ou mudam de calçada com medo de serem roubadas por você? Quantos xingamentos e piadas desqualificando negros e negras você já ouviu?
Por que pessoas negras, ou de cor, mesmo apresentando bom currículo, capacidade e formação são as primeiras eliminadas em seleções de empregos?
Pessoas negras, ou de cor, nos postos de saúde e hospitais são maltratadas pelos médicos, atendentes e demais funcionários. Né não?
Por que pessoas negras, ou de cor, são impedidas de entrar, ou maltratadas sem nenhuma razão, em determinados espaços públicos, como clubes, boates, centros culturais, bares, restaurantes, cinemas?
Já notou que, quando aparecem na televisão, as pessoas pretas são quase sempre mostradas como bandidas, violentas e em trabalhos serviçais? Pense nisso.
Pessoas negras, ou de cor, são pouquíssimas, quase nenhuma, na política (câmara de vereadores, assembléias legislativas e governos). Diga se não é? Quantos vereadores, deputados, governadores negros ou negras você já viu?
As crianças negras, ou de cor, são xingadas e maltratadas na escola, sofrem porque dizem que o melhor é ser branca. Acabam deixando a Escola. E é por isso também que a população negra tem seis vezes menos estudos do que a branca. Quantas pessoas negras universitárias você conhece? Quantos médicos e médicas negras você já viu? Observe todas as profissões melhor remuneradas e conte quantas pessoas negras você identifica...
Tudo isso significa RACISMO, discriminação que nos coloca em situação de violência e marginalidade! É por isso também que negros, negras, pardos, morenos escuro, cor de jambo, marrom-bombom e etc... são grande maioria dentre moradores e moradoras dos locais que tem piores condições de vida, de acesso aos serviços públicos e à participação política e cultural.
Mas pra quem não sabe RACISMO É CRIME, como diz a Lei 7.716/1989 que prevê pena de 02 a 05 anos de prisão! Então se você é vítima de racismo denuncie. Vá na delegacia, faça um BO (Boletim de Ocorrência) e brigue pra ser respeitado e respeitada! Não vamos nos calar. Denuncie! Só a nossa indignação e ação poderão mudar a situação!
Originalmente postado por Alessandra Guerra no http://grupolamce.blogspot.com
terça-feira, 24 de maio de 2011
Morre Abdias do Nascimento, guerreiro do povo negro
Foto: doolharnegro.blogspot.com
ABDIAS DO NASCIMENTO
Professor Emérito, Universidade do Estado de Nova York, Buffalo (Professor Titular de 1971 a 1981, fundou a cadeira de Cultura Africana no Novo Mundo no Centro de Estudos Porto-riquenhos).
Artista plástico, escritor, poeta, dramaturgo.
Bacharel em Economia, Universidade do Rio de Janeiro, 1938.
Diploma pós-universitário, Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), 1957.
Pós-graduação em Estudos do Mar, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro/ Ministério da Marinha, 1967.
Doutor Honoris Causa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1993.
Doutor Honoris Causa, Universidade Federal da Bahia, 2000.
Doutor Honoris Causa, Universidade do Estado da Bahia, 2008
Deputado federal (1983-86).
Secretário de Estado, Governo do Rio de Janeiro, Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) (1991-1994).
Senador da República (1991-99). Suplente do Senador Darcy Ribeiro, assumiu a cadeira no Senado, representando o Rio de Janeiro pelo PDT em dois períodos: 1991-1992 e 1997-99.
Secretário de Estado de Direitos Humanos e da Cidadania, Governo do Estado do Rio de Janeiro, 1999. Coordenador do Conselho de Direitos Humanos, 1999-2000.
1930-1936. Alista-se no Exército, e na capital de São Paulo participa da Frente Negra Brasileira. Participa das Revoluções de 1930 e 1932, na qualidade de soldado. Combate a discriminação racial em estabelecimentos comerciais em São Paulo.
1936. Muda para o Rio de Janeiro com o objetivo de continuar seus estudos de economia, iniciados em São Paulo.
1937. Protestando contra a ditadura do Estado Novo, é preso e condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional e cumpre pena na Penitenciária da Frei Caneca.
1938. Organiza junto com um grupo de militantes negros em Campinas, SP, o Congresso Afro-Campineiro, com o objetivo de discutir e organizar formas de resistência à discriminação racial.
1938. Diploma-se pela Faculdade de Economia da Universidade do Rio de Janeiro.
1940. Integrante da Santa Hermandad Orquídea, grupo de poetas argentinos e brasileiros, viaja com eles pela América do Sul. Em Lima, Peru, faz uma série de palestras na Universidad Mayor de San Marcos (Escola de Economia). Assiste à peça O Imperador Jones, de Eugene O'Neill, estrelada por um ator branco, Hugo D'Evieri, brochado de preto. A partir das reflexões provocadas por esse fato, planeja criar o Teatro do Negro Brasileiro ao retornar a seu país. Na Argentina, onde mora por mais de um ano, participa de movimentos teatrais com o objetivo de melhor conceitualizar a idéia do Teatro Negro.
1941. Voltando ao Brasil, é preso na Penitenciária de Carandiru, condenado à revelia por haver resistido a agressões racistas em 1936. Funda o Teatro do Sentenciado, organizando um grupo de presos que escrevem, dirigem e interpretam peças dramáticas.
1943. Saindo da prisão, procura em São Paulo apoio para a criação do Teatro do Negro. Não encontrando receptividade junto a intelectuais como o escritor Mário de Andrade, e outros, muda para o Rio de Janeiro.
1944. Funda, com o apoio de um grupo de negros e de setores da intelectualidade carioca, o Teatro Experimental do Negro (TEN). Na sede da UNE, realizaram-se os primeiros cursos de alfabetização, treinamento dramático e cultura geral para os participantes da entidade.
1945. Dirige o TEN na sua estréia no Teatro Municipal com o espetáculo O Imperador Jones, estrelado pelo genial ator negro Aguinaldo Camargo, em 08 de maio, dia da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Daí em diante, até 1968, o TEN teve presença destacada no cenário cultural e teatral brasileiro.
1945. Com um grupo de militantes, funda o Comitê Democrático Afro-Brasileiro, que luta pela anistia dos presos políticos.
1945-46. Organiza a Convenção Nacional do Negro (a primeira plenária realizando-se em São Paulo e a segunda no Rio de Janeiro), que propõe à Assembléia Nacional Constituinte a inclusão de um dispositivo constitucional definindo a discriminação racial como crime de lesa-Pátria. A iniciativa, apresentada à Assembléia Nacional Constituinte pelo Senador Hamilton Nogueira, não é aprovada.
1946. Participa da fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Rio de Janeiro.
1948. Funda, junto com Sebastião Rodrigues Alves e outros petebistas, o movimento negro do PTB.
1949. Organiza, com a colaboração do sociólogo Guerreiro Ramos e do etnólogo Édison Carneiro a Conferência Nacional do Negro, preparatória do 1º Congresso do Negro Brasileiro.
1949-1951. Funda e dirige o jornal Quilombo, órgão de divulgação do TEN.
1950. Realiza no Rio de Janeiro o 1º Congresso do Negro Brasileiro, evento organizado pelo TEN.
1955. Realiza o Concurso de Artes Plásticas sobre o tema do Cristo Negro, evento polêmico que mereceu a condenação de setores da Igreja Católica e o apoio do bispo Dom Hélder Câmara.
1957. Forma-se na primeira turma do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Estréia a peça de sua autoria, Sortilégio: Mistério Negro, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo.
1968. Funda o Museu de Arte Negra, que realiza sua exposição inaugural no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Encontra-se alvo de vários Inquéritos Policial-Militares e se vê obrigado a deixar o país. Convidado pela Fairfield Foundation, inicia uma série de palestras nos Estados Unidos.
1968-69. Durante um semestre, atua como Conferencista Visitante da Yale University, School of Dramatic Arts. Inicia sua atuação como artista plástico, pintando telas que transmitem os valores da cultura religiosa afro-brasileira e da luta pelos direitos humanos dos povos africanos em todo o mundo. (Ver lista de exposições abaixo).
1969-70. Convidado pelo Centro para as Humanidades da Wesleyan University (Middletown, Connecticut), participa durante um ano, com intelectuais como Norman Mailer, Norman O. Brown, John Cage, Buckminster Fuller, Leslie Fiedler, e outros, do seminário A Humanidade em Revolta.
1970. É convidado para fundar a cadeira de Culturas Africanas no Novo Mundo, no Centro de Estudos Portorriquenhos da Universidade do Estado de Nova York em Buffalo, na qualidade de professor associado, no ano seguinte titular, e lá permanece até 1981.
1973. Participa da Conferência de Planejamento do 6º Congresso Pan-Africano em Kingston, Jamaica.
1974. Participa do Sexto Congresso Pan-Africano, Dar-es-Salaam, Tanzânia, como único representante da região da América Latina.
1976-77. Convidado pela Universidade de Ife, Ile-Ife, Nigéria, passa um ano como Professor Visitante no Departamento de Línguas e Literaturas Africanas.
1976. Participa, a convite do escritor Wole Soyinka, no Seminário Alternativas para o Mundo Africano, reunião em que funda-se a União de Escritores Africanos, em Dakar.
1977. Participa na qualidade de observador, perseguido pela delegação oficial do regime militar brasileiro, do Segundo Festival Mundial de Artes e Culturas Negras e Africanas, realizado em Lagos. Denuncia, no respectivo Colóquio, a situação de discriminação racista vivida pelo negro no Brasil. Na Europa e Estados Unidos, participa da fundação, desde o exílio, do novo PTB (mais tarde, Partido Democrático Trabalhista - PDT).
1977. Participa, na qualidade de delegado e presidente de grupo de trabalho, do Primeiro Congresso de Cultura Negra nas Américas, realizado em Cáli, Colômbia.
1978. Participa em São Paulo do ato público de fundação e das reuniões organizativas do Movimento Negro Unificado contra a o Racismo e a Discriminação Racial. Participa da reunião internacional de exilados brasileiros O Brasil no Limiar da Década dos Oitenta, em Stockholm, Suécia.
1979. A convite do Bloco Parlamentar Negro (Congressional Black Caucus) do Congresso dos Estados Unidos, e do Sindicato de Trabalhadores do Correio, profere conferência na sede da Câmara dos Deputados em Washington, D.C.
1980. Participa, na qualidade de delegado especial, do Segundo Congresso de Cultura Negra das Américas, realizado no Panamá, e é eleito pelo plenário Coordenador Geral do Terceiro Congresso. No Brasil, lança o livro O Quilombismo e ajuda a fundar o Memorial Zumbi, organização nacional voltada à recuperação, em benefício da comunidade afro-brasileira e do mundo africano, das terras da República dos Palmares, na Serra da Barriga, Alagoas.
1981. Funda o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO) na PUC-SP. Integra a executiva nacional do PDT e funda a Secretaria do Movimento Negro do PDT, no Rio de Janeiro e a nível nacional. Participa da coordenação internacional do projeto Kindred Spirits, exposição itinerante de artes afro-americanas.
1982. Organiza e é eleito para presidir o Terceiro Congresso de Cultura Negra das Américas, realizado nas dependências da PUC-SP com representantes de todo o mundo africano exceto o Pacífico.
1983. Assume a cadeira de Deputado Federal, eleito suplente pelo PDT-RJ. É o primeiro deputado afro-brasileiro a exercer o mandato defendendo os direitos humanos e civis do povo afro-brasileiro. A convite da ONU, participa do Simpósio Regional da América Latina em Apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua Independência, em San José, Costa Rica. Visita a antiga sede da UNIA de Marcus Garvey em Limón. Viaja também a Nicarágua, participando de sessões da Assemblea Nacional e conhecendo as populações de origem africana em Bluefields, litoral oriental do país. Em Washington, D.C., participa do seminário Dimensões Internacionais: a Realidade de um Mundo Interdependente, a convite do Bloco Parlamentar Negro (Black Congressional Caucus), na sede do Congresso Nacional dos Estados Unidos.
1984. Cria, junto com um grupo de intelectuais e militantes negros, a Fundação Afro-Brasileira de Arte, Educação e Cultura (FUNAFRO), integrando o IPEAFRO, o Teatro Experimental do Negro, a revista Afrodiaspora, e o Museu de Arte Negra.
1985. A convite da ONU, participa da Simpósio Mundial em apoio à Luta do Povo da Namíbia pela sua Independência, em Nova York. Participa, novamente, de reunião internacional patrocinada pelo Bloco Parlamentar Negro dos Estados Unidos: a Conferência Internacional sobre a Situação dos Povos do Terceiro Mundo, na sede do Congresso norteamericano em Washington, D.C. Integrando comitiva oficial brasileira, visita Israel a convite do respectivo governo.
1987. Participa, na qualidade de delegado de honra,da Conferência Internacional sobre a Negritude e as Culturas Afro nas Américas, Florida International University, Miami. Integra o Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro.
1987-88. Integra o Comitê Dirigente Internacional, Festival Pan-Africano de Artes e Cultura, Dakar, Senegal. Participa da direção internacional do Memorial Gorée, organização dedicada ao projeto de construção de um memorial aos africanos escravizados na ilha senegalesa que serviu como entreposto do comércio escravista. Integra a direção internacional do Instituto dos Povos Negros, organização internacional promovida com o apoio da UNESCO pelo governo de Burkina Faso e de outros países africanos e caribenhos.
1988. Profere a conferência inaugural da Série Anual de Conferências Internacionais W. E. B. DuBois em Accra, República de Gana, promovida pelo Centro de Estudos Pan-Africanos W. E. B. DuBois, e visita o país a convite do governo. Participa da Comissão Nacional para o Centenário da Abolição da Escravatura. Realiza exposição individual intitulada Orixás: os Deuses Vivos da África, na sede do Ministério da Educação e Cultura, o Palácio Gustavo Capanema.
1989. Na qualidade de consultor da UNESCO para assuntos culturais, passa um mês em Angola. É eleito Presidente do Memorial Zumbi e atua no Conselho de Curadores da Fundação Cultural Palmares, Ministério da Cultura. É nomeado Conselheiro representante do Município no Conselho de Contribuintes do Município do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Fazenda.
1990. A convite da SWAPO (movimento de libertação nacional transformado em partido político eleito ao primeiro governo da nação), participa da cerimônia de independência da Namíbia e posse do Governo Sam Nujoma, em Windhoek.
1990-91. Durante um ano atua como Professor Visitante, Departamento de Estudos Africano-Americanos, Temple University, Philadelphia. Acompanha Darcy Ribeiro e Doutel de Andrade na chapa do PDT para o Senado, sendo eleito suplente de senador.
1991. Assume a pasta de Secretário de Estado para a Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras (SEAFRO) no Governo do Rio de Janeiro. A convite do Congresso Nacional Africano (ANC) da África do Sul, participa de sua 48a Conferência Nacional presidido por Nelson Mandela, em Durban. É nomeado membro do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
1991-92. Assume a cadeira no Senado. Integra a comitiva presidencial em visita a Angola, Moçambique, Zimbabwe, e Namíbia. Participa no Primeiro Congresso Internacional sobre Direitos Humanos no Mundo Africano, patrocinado pela organização não-governamental AFRIC e realizado em Toronto, Canadá.
1993-94. Retoma a Secretaria Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras.
1995. Participa das atividades do Tricentenário de Zumbi dos Palmares, em vários estados e municípios do Brasil e nos Estados Unidos. Lança o livro Orixás: os Deuses Vivos da África, com reproduções de suas pinturas, texto sobre cultura e experiência afro-brasileiras, e textos críticos de diversos autores (africanos, norteamericanos, caribenhos, e brasileiros) sobre a sua obra de artes plásticas. É Patrono do Congresso Continental dos Povos Negros das Américas, realizado no Parlamento Latinoamericano em São Paulo, em comemoração ao Tricentenário da Imortalidade de Zumbi dos Palmares, 20 de novembro de 1995.
1996. Recebe da Câmara Municipal de São Paulo o título de Cidadão Paulistano.
1997. Assume em caráter definitivo o mandato de senador da República. Recebe o prêmio de Menção Honrosa de Direitos Humanos outorgado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP. Realiza exposição de pintura no Salão Negro do Congresso Nacional.
1998. Participa com um comentário ao Artigo 4º da Declaração de Direitos Humanos por ocasião do cincoentenário desse documento da ONU em 1998, incluído em volume organizado e publicado pelo Conselho Federal da OAB. Outros artigos foram comentados por personalidades como o rabino Henry Sobel, Adolfo Pérez Esquivel, Evandro Lins e Silva, Dalmo de Abreu Dallari, João Luiz Duboc Pinaud, e outros. Realiza exposição de pintura (28 telas) na Galeria Debret em Paris.
1999. Assume, como titular fundador, a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Governo do Estado do Rio de Janeiro. É homenageado pela Câmara Municipal de Salvador entre cinco personalidades do mundo africano: Malcolm X, Abdias Nascimento, Martin Luther King, Patrice Lumumba, Samora Machel.
2000. Extinta a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, preside provisoriamente o Conselho de Direitos Humanos e volta a dedicar-se às atividades de escritor e pintor. Recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia.
2001. É agraciado pelo Schomburg Center for Research in Black Culture, centro de referência mundial que integra o sistema de bibliotecas públicas do município de Nova York, com o Prêmio Herança Africana comemorativo dos 75 anos da fundação daquela instituição. A comissão de seleção dos premiados foi constituída pelo ex-prefeito de Nova York, David N. Dinkins, a poetisa Maya Angelou, o cantor Harry Belafonte, o ator Bill Cosby, a diretora da editora Présence Africaine Mme. Yandé Christian Diop, o professor Henry Louis Gates da Harvard University, a coreógrafa Judith Jamison, o cineasta Spike Lee e o reitor da Universidade das Antilhas Rex Nettleford. As outras cinco personalidades homenageadas com o prêmio em cerimônia realizada na sede da ONU foram o intelectual senegalês e ex-diretor da UNESCO M. Amadou Mahktar M'Bow, a coreógrafa e antropóloga Katherine Dunham, a ativista dos direitos civis e fundadora da Organização das Mulheres Negras dos Estados Unidos Dorothy Height, o fotógrafo Gordon Parks, e músico e fotógrafo Billy Taylor.
Convidado pela Fórum Nacional de Entidades Negras, faz o discurso de abertura da 2ª Plenária de Entidades Negras Rumo à 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Rio de Janeiro, 11 de maio de 2001.
É agraciado com o Prêmio Cidadania 2001, da Comunidade Bah'ai do Brasil, conferido em Salvador em junho.
Inaugura-se em julho o Núcleo de Referência Abdias Nascimento, contra o Racismo e o Anti-Semitismo, e seu Serviço Disque-Racismo, iniciativas da Fundação Municipal Zumbi dos Palmares, Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro.
Profere discurso de abertura do 1º Encontro Nacional de Parlamentares Negros, Salvador, Bahia, 26 de julho de 2001.
Convidado pela Coalizão de ONGs da África do Sul (SANGOCO), profere palestra na mesa Fontes, Causas e Formas Contemporâneas de Racismo, Fórum das ONGs, 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, Durban, África do Sul, 28 de agosto de 2001.
É agraciado com a Ordem do Rio Branco, no grau de Oficial, Brasília, outubro de 2001.
É agraciado com o Prêmio UNESCO, categoria Direitos Humanos e Cultura de Paz, outubro de 2001.
2002. Lança os livros O Brasil na Mira do Pan-Africanismo (CEAO/ EdUFBA) e O Quilombismo, 2ª ed. (Fundação Cultural Palmares).
É convidado pelo Liceu de Artes e Ofícios da Bahia a ser o palestrante da segunda de suas novas Conferências Populares, continuando essa tradição centenária no seu 130o aniversário.
Participa das comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra em Porto Alegre, 20 de novembro.
É homenageado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, na sua 4ª Conferência Nacional realizada em Brasília em 11 de dezembro, como personalidade destacada na história dos direitos humanos no Brasil.
Exposição Abdias do Nascimento: Vida e Arte de um Guerreiro, Centro Cultural José Bonifácio, Rio de Janeiro, inaugurada em dezembro.
2003. Discursa, na qualidade de convidado especial, na inauguração da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Brasília, 21 de março.
É homenageado pela Fala Preta! Organização de Mulheres Negras de São Paulo, como personalidade destacada na defesa dos direitos humanos dos afrodescendentes brasileiros, 22 de abril.
Publica em maio edição em fac-símile do jornal Quilombo (São Paulo: Editora 34).
Recebe o Diploma da Camélia, Campanha Ação Afirmativa/ Atitude Positiva, CEAP e Coalizão de ONGs pela Ação Afirmativa para Afrodescendentes, Rio de Janeiro, 17 de novembro.
Recebe o Prêmio Comemorativo das Nações Unidas por Serviços Relevantes em Direitos Humanos, Rio de Janeiro, 26 de novembro.
2004. No Seminário Internacional Políticas de Promoção Racial, recebe o Prêmio de Reconhecimento da Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Brasília, 21 de março de 2004.
Recebe homenagem da Presidência da República aos 90 anos "do maior expoente brasileiro na luta intransigente pelos direitos dos negros no combate à discriminação, ao preconceito e ao racismo". Brasília, 21 de março de 2004.
Recebe prêmio de Reconhecimento 10 Years of Freedom - South Africa 1994-2004, do Governo da África do Sul, abril de 2004.
Profere palestra "Memorial de Luta", no Seminário O Negro na República Brasileira: Pautas de Pesquisa, promovido pelo Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afro-Descendente da PUC-Rio, maio de 2004.
Participa do VII Congresso da BRASA, Associação de Estudos Brasileiros, na qualidade de homenageado no Painel sobre a sua vida e obra, realizado em sessão plenária do dia 10 de junho de 2004, na PUC-Rio.
Participa do Fórum Cultural Mundial, realizado em São Paulo em julho de 2004, como homenageado no painel Abdias Nascimento, um Brasileiro no Mundo, organizado pela SEPPIR, em que é lançado oficialmente o seu nome para o prêmio Nobel da Paz, ampliando a repercussão da indicação feita pelo Instituto de Advocacia Ambiental e Racial - IARA.
2011. Um prêmio nacional organizado pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial é lançando com seu nome, no Rio de Janeiro para estimular a diversidade no jornalismo.
Informações do IPEAFRO
Fonte: http://correionago.ning.com/profile/InstitutoMidiaEtnicasábado, 21 de maio de 2011
Negro é lindo:
Negro é lindo:
algumas das
principais modelos
negras da história
da moda
Donyale Luna, em 66, na da primeira Vogue com uma negra na capa
A próxima edição da Casa de Criadores, em homenagem ao ano internacional afrodescendente sugerido pela ONU, além de acontecer no Museu Afro Brasil, traz uma novidade inédita nos eventos de moda brasileiro. O Ministério Público fechou um acordo com a SPFW em 2009 e a diretoria do evento sugere que as marcas tenham pelo menos 10% do casting composto por modelos negros. A Casa de Criadores decidiu por conta própria tentar atingir 20%.
Naomi Sims, a primeira top model negra
Beverly Johnson, a primeira capa da Vogue Ameria em 74
A primeira mulher negra a aparecer na capa de uma revista de moda foi Donyale Luna, em 1966, na edição inglesa da revista Vogue. Até a façanha acontecer nos Estados Unidos foram mais de 10 anos e Beverly Johnson em 1974 se tornou a capa da Vogue America. Além delas, Naomi Sims, a primeira modelo negra na capa da Life Magazine, foram as mulheres que nos anos 60 e 70 literalmente cavaram espaço para a mulher negra na moda mundial, seguidas das supermodels dos anos 80, Grace Jones, Iman e Warie Diri, nos anos 90, Naomi Campbell, e Verônica Webb e anos 2000, Alek Wek, Chanel Iman, Tyra Banks, Liya Kebele,
A cantora e modelo Grace Jones
Iman, modelo somaliana e esposa de David Bowie, em campanha da Yves Saint Laurent
A supermodel dos anos 90, Naomi Campbell
A modelo dos anos 90, Veronica Webb
Chanel Iman, a primeira angel negra da Victoria’s Secret
A modelo etíope Liya Kebede na cada da i-D
Do Brasil, algumas que fizeram sucesso foram Luana de Noailles, na década de 70. Nos anos 80 e 90 quem brilhou foi Veluma, dupla frequente de Luiza Brunet nos editoriais. Mas a primeira capa da Vogue com uma negra só veio em janeiro deste ano com a angel Emanuela de Paula. Aliás, esta é uma edição histórica: foram bookadas apenas modelos negras. Além de Emanuela, algumas modelos brasileiras negras que se destacam atualmente no mundo da moda são Gracie Carvalho, Rojane Fradique, Samira Carvalho, Ana Bela e Janaína Santos.
A primeira Vogue brasileira com uma negra na capa, Emanuela de Paula
Gracie Carvalho na capa da L’Officiel
Samira Carvalho em campanha da Yves Saint Laurent
A modelo baiana, Rojane Fradique
terça-feira, 17 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
AS FALAS DA PÓLIS: Quem irá para o Senado pelo Pará?
AS FALAS DA PÓLIS: Plebiscitos do Tapajós e Carajás aprovados
terça-feira, 3 de maio de 2011
Chico Xavier
uma pessoa que veio ao mundo
só para fazer o bem.
Auxiliou e acolheu milhares de pessoas desesperadas.
Mal tinha tempo para se alimentar.
Sua casa continua tão simples como sempre
e nunca teve um carro sequer.
Dizia sempre as palavras bíblicas:
" O Senhor é o meu Pastor! Nada me faltará! "
Deus tem visto suas Lutas.
Deus diz que elas estao chegando ao fim.
Uma bençao está vindo em sua direçao.
Se você crê em Deus.
Se acredita em Deus,
se rejeitar lembre Jesus disse:
"se me negas entre os homens, te negarei diante do pai "
Dentro de 4 minutos te dirão uma notícia boa...
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Deus em 1º lugar
Enviado por:Mauro Esmeraldino
Para:
undisclosed-recipients
Assunto:
Deus em 1º lugar
Data:
18/03/2011 23:58
Mentalize e ore. É uma oração curtinha, mas, muito poderosa, se você acreditar!
1º lugar em sua vida
Quando Deus tira algo de seu alcance, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor. Concentre-se nesta frase:
"A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não irá protegê-lo."
Algo bom acontecerá com você, algo que você tem esperado...
"Deus, nosso Pai, CAMINHE pela minha casa e leve embora todas as minhas preocupações e doenças, e por favor, vigia e cura a minha Família. Em nome de JESUS... AMÉM!"
Tenha fé, creia, acredite que você pode! Pois Ele tbm acredita em você...
Oração para abrir caminhos financeiros... é de arrepiar
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